O julgamento do processo Face Oculta que começou a 8 de Novembro último, regressa hoje ao tribunal de Aveiro mas apenas por uma manhã, não excedendo, assim, o prazo de 30 dias na produção de prova. Está marcada a continuação para depois das férias judiciais, na primeira semana de Janeiro, não se antevendo, para já, mudanças na constituição do colectivo.

A juíza Liliana Carvalho, que tem estado de baixa médica a recuperar de intervenção cirúrgica, garantiu a presença na audiência matinal, a 12ª, o que permite retomar os trabalhos interrompidos há três semanas quando era ouvido o inspector da PJ que coordenou a investigação da suposta associação criminosa.

A magistrada só tinha saído do hospital a 12 de Dezembro com termo de responsabilidade para garantir as alegações do julgamento em Estarreja de, entre outros arguidos, dois militares da GNR acusados de corrupção.

Hoje pretende também comparecer ao inicio da tarde no juízo criminal de Ovar, de forma a evitar que possa ser invocada a nulidade da prova produzida no julgamento de um dos vários processos de uma mulher, ex-funcionária de uma gabinete de contabilidade, acusada de burla e falsificação. Um julgamento que já tinha sido anulado.

Em Aveiro, o colectivo tem ainda pendente a audição de escutas que não estavam na acusação envolvendo o ex-ministro Armando Vara requeridas pelo Ministério Público (MP).

Dos arguidos que mostraram interesse em falar nesta fase do julgamento, ainda está por concluir o interrogatório do advogado Paulo Penedos (tráfico de influência).

Já o gestor Lopes Barreira, acusado do mesmo crime, apesar do seu interesse, viu-se retido para tratamentos (hemodiálise) que o impediram de sair da área de residência, em Cascais depois de ter comparecido na primeira audiência.